... poeta do cerrado ... © Luciano Spagnol

SONETO DA SAUDADE II

Repete, no soneto saudoso, por mim, a versejar

O outrora, as histórias, os sentimentos amados

O vazio duma solidão, para ti, a me espezinhar

As marcas do penar, no meu coração, gravados

 

Que possa o poema, do dilema plural, lembrar

Da sensação e da prosa, dos olhares intrigados

Do amor, ser amador, e os encantos a acautelar

Todos, na impressão, recordação, enfileirados

 

Redigidos, tão só, pelo carinho e a docilidade

Cá no cerrado, sentado à beira dessa saudade

Própria de quem viveu com sedução da emoção

 

Aspiro à singeleza e à constância poder atingir

Ouvir, e narrar, qual sentido, esse meu existir

Poetizando a vós toda poética do meu coração!

 

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

07 dezembro, 2021, 05’48” – Araguari, MG