Vlad Paganini

DE JOELHOS

DE JOELHOS

‘Eu dobro meus joelhos pra que tu te levantes e te entregues a viver e amar, e que mesmo à distância meu coração está de joelhos ao lado do teu’

 

De joelhos sou canção em oração

De joelhos sou água em mim de um rio constante

De joelhos deságuo minha fonte que escorre meu sangue

 

De joelhos a fé que me acompanha

Vem de um glorioso Homem  

A minha fé vem de um Cristo!

 

De joelhos dilacero minha pele

Meus dedos cruzados

Meus ossos dilacerados

 

De joelhos uma luz maior resplandece em meu rosto

Desaguam em meus olhos

Encharcando minha alma e meus cabelos

 

De joelhos ouço vozes do mar

Dos teus faróis apagados

Do teu navio perdido no oceano

Lágrimas dos teus olhos marejados

 

Em torno de ti uma bruma escura, fumaça

E a minha fé de libertar seus rochedos

Fé que não passa!

 

Passa passa, passa o tempo...

Desabo e de joelhos me torno ferro e aço

Em minha vida que passa

Passa o vento e o tempo

E de joelhos te cubro com meu manto

Enxugo todo meu e o teu pranto

 

De joelhos sou como os rochedos

Rígido feito rocha granito e sal

Fé que brota no meu solo de sal

Em todo meu temporal

Nosso Amor Catedral

 

De joelhos sinto o meu suor

Jorrando forte

O meu rio, o meu sol

Minha fonte e meu cio

 

De joelhos a fé que me acompanha vem de um Homem

Vem de um Cristo chamado Deus!

Que me fez poeta

Que desvendou o outro lado da minha moeda

 

De joelhos recebo uma energia em claridade, de um vendaval intenso 

Liberto a porta do meu eloquente verso

E de joelhos peço libertação do teu coração sangrento 

 

De joelhos imploro o culto dos meus anseios

O despertar do meu prazer e da minha alegria

A minha borboleta, a minha Poesia

 

De joelhos e com os pés descalços

Piso agora em terra firme

Proclamando todos os meus desejos

De um amor correspondido

Inteiro e não vazio

Que por tempos se fez esquecido

 

De joelhos e com os pés fincados nas minhas profundezas

Nas águas profundas do meu mar

O despertar do recomeço

 

Todos os meus sentidos em carne viva

De um novo amor em minha folha virgem

Soprar em meu rosto manhãs frescas a tua volta

O renascer de uma nova vida!

Vlad Paganini

 

‘Aqui estou de joelhos perante Deus, clamando na dor a cura desse amor corrompido.

Seja com você ou com quem quer que seja, imploro curar minhas feridas, todas as minhas dores sentidas e um recomeço de uma nova vida’

 

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