Ronaldo Leite da Silva

A Mangueira

A mangueira

Era uma vez uma mangueira.

Essa mangueira era muito boa.

Pois em toda época de manga, ela se enchia de mangas de qualidade.

Esse pé de manga dava muita sombra. Porque era muito grande. A mangueira era muito famosa,

Pois estava localizada, em um lugar onde passavam muitas pessoas.

As crianças voltando da escola paravam para apanhar mangas. Os casais de namorados, falavam: Eu te amo, embaixo dessa mangueira.

Essa mangueira incentivou muitos namoros. Realizando alguns casamentos.

Descansou muitos corpos cansados,

Que embaixo da mangueira, deitavam.

Ficou sabendo de muitas conversas,

De muitos segredos.

Ela era um confessionário,

Era uma aliada,

Um ombro amigo.

Tinha trinta e poucos anos de idade, era experiente, Mas nunca solitária,

Pois era rodeada de pessoas, todos os dias.

Inspirava poetas e pensadores.

Que ali, debaixo de sua sombra, escreviam os seus pensamentos. Abrigavam os passarinhos, que ali faziam os seus ninhos e cantavam as suas melodias.

Ela era útil, quando era tempo de manga e também quando não era. Porque além das mangas, ela dava sombra.

E a mangueira ficava no meio de uma rua.

E decidiram asfaltar essa rua.

Para asfaltar essa rua, era necessário cortar a mangueira.

Cortaram a mangueira.

Mas não cortaram simplesmente uma mangueira! Mataram uma história.