Lidia Pereira

Têxtil Amor

Seguimo-nos dos passos à ciranda
À repetirmos sempre a mesma volta
Nos encontrarmos na ida e irmos embora
À rebuscar sempre na mesma dança.

E de um amor perfeito ao esquecido,
E celebrou-se o feliz, enganou-se o pranto
Sumiu à deixar-nos lembranças num manto
Depois fez novo amor, o desconhecido.

E rodou a roda desse meu encanto
Nos braços largos desse infinito
Separam-se linhas e se encontram noutras.

E se formam tecidos de linho fino,
Há neste amor um antigo amigo
E neste corpo uma nova roupa.