Carlos Lucena

O POETA

O POETA

O feio é belo
Nada é feio
O poeta é cego
E vê demais
E quando ele não vê
Ele sente
E se torna verdadeiro quando mente.
Ele mente que ama
E de repente finge que rir
Tem o coração frio
Mas o peito arde em chama
E ainda finge não sentir.
Quando dos lábios lhe brota um riso
Fingindo não sentir dor
Ama até sem ser  preciso
E ainda finge que não é amor!