As flores murchas no jardim assinalam
a passagem do tempo,longe de ti.
No meu livro do tempo és um verbete
No meu jardim, pássaro silente.
Nas lacerantes partidas sangravamos
As palavras nem sempre revelavam
.aquilo que o silêncio gritava,
cala\'vamos as emoções incontidas.
O orgulho muitas vezes nos cegava.
Brigávamos. Novo silêncio reinava!
Ficávamos encastelados,mudos
adultos sendo infantes desnudos.
Eu,soberana,calava , partia
O avião,minha rota de fuga
um oceano entre nós havia.
Assim,tornei_me aprendiz de transfuga.
Hoje,só há recordação do feitiço.
É doce tua lembrança,te bendigo.
Mágoas apagadas,hoje me redimo.
No Paraíso gostaria de estar contigo!
Maria Dorta 03_01_2022