Sem tésimo poema
Escrevo coisas.
As vezes nem sei porquê Carrego comigo um obituário de lembranças
Me arrisco em quadros que soam suaves
O olhar se identifica, e faz a leitura amiúde
Enquanto os dedos dedilham
Músicas que não domino
São sons e idéias que me acompanham
De tempos que jamais cataloguei
Meus pensamentos ainda se fortalecendo
Todos tão preguiçosos, e abaixo do peso
Ainda penso pouco, sou prematuro
Na arte de ordenar palavras e raciocínios
Não tenho essa amplidão toda
Diferente de você e da flor
Que tem canteiros repletos de histórias e cantos, que podem durar tardes inteiras
História pra gente grande
Gente triste
Gente que esconde amores
No porão
Meu sem-tésimo poema Escritos minguados...sem tesão
Travas dilemas com a solidão Sai a francesa, e em débito com a inspiração