Maria Vanda Medeiros de Araujo

EU, ROMEU.

EU ROMEU

Otempo que tenho é incerto

O amor que me destes não é são

O vinho ofertado me embriesse

A minha saudade é um deserto

E o amor que eu tive foi em vão.

 

Quisera a certeza de um dia

Que a noite que tive a companhia

Da alma sincera e verdejante

E voltasse a vivê-la, em um só instante

A dor que vivi já valeria.

 

Mas que não se eternize esse sofrer

Já que nada aqui, faz mais sentido

Estou pronto a penar crime e castigo

E a pagar sem de fato cometer

Sou refém desse amor, meu inimigo.

 

E o tempo que foi-se, já não é

Outra vida virá por recompensa

Tantas vezes que viva a tua ausência

Outras tantas desisto de viver

Me recuso a viver outras sentenças

Se não tenho a presença de você.