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Shmuel

Pegasus apaixonado

Teu querer é uma concha com brasas incandescentes em noites frias
Teus lábios vermelhos
Explícitos desejos
Teus seios, moradas dos deuses,
Como um Pegasus
Adentro em sua caverna
Bebo da água que brota da gruta,
Gruta santa, sua tez rosada,
Me confunde, 
Cavalgo em seu dorso,
E nas ventas, sugo seu doce aroma
Tuas folhas, tuas pétalas
Liberam néctar em cascata,
Aqui neste veio, o sabor é indescritível,
Sou teu Pegasus
trotando em tua geografia,
Voando sobre teus canyons
Descobrindo fendas,
Você se apega em minha crina
Teus desejos de menina
Causam lampejos no céu
Vôo dentro de ti
Em teu continente 
Tão úmido, e quente
Lavras escorrem misteriosamente,
Noites e dias se fundem,
O tempo não faz mais sentido,
Sentimentos tomam formas,  cores embrionárias esfregam os olhinhos ao nascer do sol, 
Eu sou forte, altivo,
tudo tão intenso e pulsante
 que me perco na vastidão,
Abriga-me em suas asas
Oh, doce ave
Me conceda o dom de renascer
Das cinzas, ou do caldo
Que mina das  pedras frias, e das rosas
orvalhadas,
Estou confuso, feliz e febril, já nem sei