CORASSIS

O tempo

 
   

   

 
O tempo saboreia todas  minhas veias
Um conglomerado de células
Desimportante para  este senhor
Consumidas também
Sem piedade pelo  assustador  espelho
Não é com a aparência
Que  me preocupo
E com que eu prego  no mundo
Eu me sinto triste ,
Para que esconder o que sinto ?
Os trocados de afetividade  são os
que servem ,
São entregues para quitar a anti alegria
Viver preparando  os retalhos para 
Cortinar a sala  durante a refeição do tempo,
De profecias particulares
Um tiquinho de  felicidade
Para coroar os lares
Mas sabe :
A felicidade tá no lado de fora.
Minha tristeza é que me afaga
São minhas lágrimas que banham  e que
Não se calam
São as dores
Não as cores
Quadros anestésicos
Que entorpecem e aquecem
Via Crucis do meu eu penitente
Meu rio atormentado
Onde pode se encontrar
Também diamante
Peixe  que reside
Em aquário minúsculo
Desta felicidade .