ESPERA
Se intenso o Sol brilhar
Me procure no portão
Dos lugares mágicos
Escondidos, na solidão
E calmaria do mar
Que beija a infinda areia,
Ou no brilho do luar,
Que ilumina as velhas teias
De aranhas a se embalar
Nos retorcidos galhos
Das árvores mais gentis.
Tente me encontrar
Além de outros Brasis,
No portão de outros paraísos
Com seu radar de Bardo
E se for preciso
No vento fresco da noite
Quando tudo está calmo
E a paz como um açoite
Reina por um instante,
Na solidão do Caos.
Mas se chover,
Se apresse por favor,
Não perca um segundo,
Não me deixe molhada
Tiritando de frio,
Sozinha, acuada
E sentindo o vazio
Do teu abraço.