Às vezes me pergunto onde foi parar aquela impulsividade com impetos veementes que me regiam os atos juvenis. Eles me empurravam para ações nem sempre ajuizadas .
...lá ia eu,por mares nunca dantes navegados e ousava sair das linhas memarcadas mas, só um pouco.
Mesmo ainda na adolescência,onde imperava o coquetel de hormônios,não dava vazão aos desejos. Tinha sempre nas mãos as rédeas dos proibidos anseios Meu adestramento foi perfeito.
Hoje sei. Aprendi que a razão,em estado febril,justifica nossos atos impensados e afoitos produto de um coquetel hormonal a base de testosterona que turbina nossa \" coragem de fazer\".
Eu ia singrando os mares da vida,navegando com ventos contrários. Nunca perdi meu leme. Hoje,ter beijado tão pouco,lamento.
Ato 2
Amei pela adolescência afora,sem nunca confessar,muito menos transgredir as normas da boa conduta inscritas no catecismo socio_ religioso para mocinhas. Para os homens tudo sempre foi permitido.. já as mulheres,tinham que guardar a castidade,serem imaculadas para casamento arranjar . A este catecismo obedeci de A a Z.Casei virgem,inexperiente. Mas,já tinha um bom marido: dois cargos públicos conquistados em concursos.Era independente!
Entrava já na idade adulta,com nova responsabilidade: ser os pilares da nova família a vir.Nada sabia de sexo mas,fui desvelando seus segredos. Eu,amadora,fui me transformando na coisa amada. De tanto imaginar,não precisava mais recorrer a\' imaginação pois concretização a ação desejada no outro corpo que me completava.Em mim mesma,eu tinha a parte desejada
Tinha consciência de meu estado incerto,vivia de árvores tremendo mas,não era de frio nem de calor .Tinha tudo que queria mas abarca o vazio.
Maria Dorta 22_12_2021. Escrito originalmente em 14_07_2014