Carlos Lucena

VIVER É VOAR

VIVER É VOAR

Eu já não espero
Permito-me voar
Estou no banco
Sento-me
E  vou alçando o voo que quiser.
Sou do universo
E esperar é  não caminhar.
Tantas vezes sou inverso
Inverso do verso
Do reverso
Sinto o que quero sentir
E vejo que esperar
Já não me faz sorrir
Esperar cansa a vida
E não preciso mais do trem
Nem de chegada
Nem partida
E assim
Sou voo
Sou ida.
Não  sento no banco para esperar
Não espero alguém
Nem espero ninguém
Não espero o que não vem!