Eu me vejo a correr pelas vielas
Ensolaradas e plenas de vida
Da minha infância inocente, bela
Onde a brincar passava distraída
Tão distraída que nem percebia
O doce encanto da felicidade
Em turbilhões o sonho, a fantasia
Pintando as cenas da realidade
Hoje percebo o quanto foi breve
A ternura da poesia, a alma nua
Em cirandas e folguedos sem fim
Mas a saudade que me bate é leve
Pois se um dia eu vivi naquela rua
Agora aquela rua vive em mim.