Zaira Belintani

A RUA DA MINHA INFÂNCIA

 

Eu me vejo a correr pelas vielas

Ensolaradas e plenas de vida

Da minha infância inocente, bela

Onde a brincar passava distraída

 

Tão distraída que nem percebia

O doce encanto da felicidade 

Em turbilhões o sonho, a fantasia

Pintando as cenas da realidade

 

Hoje percebo o quanto foi breve

A ternura da poesia, a alma nua

Em cirandas e folguedos sem fim

 

Mas a saudade que me bate é leve

Pois se um dia eu vivi naquela rua

Agora aquela rua vive em mim.