O que quero?
Não quero ser real,
não quero ser normal,
tampouco ficção,
talvez ser sonho, ou ilusão.
Pode aí bater uma saudade...
Não sei o que quero,
ou se quero ser quem sou.
Eis a questão,
e não existe razão,
nem explicação,
mas existe
uma dúvida latente! Será!
Ainda não sei do bocado
que já cultivei no meu quintal
desta minha estranha vida.
Tudo que brotou, dei guarida,
mas ainda tem espaço
para algo novo, real ou
imaginário, dentro ou fora,
irá brotar...
Enquanto não sei,
vou mesmo adubar,
regar, e depois verei
o que colherei...
Bárbara Guimarães
D/A9610 98