Percorro feito sonâmbulo,
os corredores de minhas dúvidas.
Assisto, no passar das noites,
todas minhas divagações...
Planejo um abandono total,
sem perguntas, sem auto inquirição.
Proponho-me um diálogo franco!
Durmo sem solução, submerso nesse voo.
Volto a planejar, a me inquirir.
Minha solidão fiel vagueia silenciosa.
taciturna com meu perfil vacilante.
Tédio é o que resta nessa tarde quente!
Identifico-me, comprometo-me.
Fujo de mim mesmo, sucumbido entre medos.
Permanecem as incertezas, as divagações,
nesse semblante rotineiro, melancólico.
Que importa todas as coisas que me cercam?
Esse longo e tortuoso caminho de lembranças?
Essa vida? Torpe vida de feridas?
Que importa?!