Não diga que amanhã será um novo dia, quando o que me resta é apenas o barulho constante do ponteiro do relógio,
nem que a porta estará aberta, se me sinto presa no sofrimento.
Não diga que mereço ser feliz quando me traz presentes de dor,
nem tente preencher aquilo que já corroeu.
Não diga que voltará sabendo que correu na minha frente.
Não me chame de luz quando vejo apenas a escuridão.
Sinônimos de amor não são o suficiente, frágeis palavras que derrubam o que já está fraco.
A dúvida é a prova da inexistência, se for para ser incompleto, que seja apenas com a minha própria metade.