O TOM DO AMOR
Não me cabe no momento chorar o passado
Um amor verdadeiro é mais do que intacto
Desse amor eu vivi
Foi encontrado e perdido, dramático
Um amor agora permanece aqui exato!
Um amor que veio de repente
Infantil e imaturo, incoerente
Mordeste intensamente minha maçã
Em meus lábios provei o mel da tua serpente
Meu corpo até hoje arde em febre de amor
Permanece doente
Um amor que jamais se desmanchará em partes
Um amor eterno, sacro santo
Um amor que nunca se farte, estável
Um amor em oração que me entrego em febre
Arde dramático, insaciável
Flamejando labaredas, fogo e sede
Um amor que me deixasse assim de todo um tudo!
Em tons e matizes
Um amor beija flor
Largo, inteiro, sem pedaços
Intenso e devasso
Magnético
Coração frenético em compasso
Ah um amor pra toda uma vida, enfático!
No momento exato!
Um amor que me leva a canções do espaço
Um amor feito de coragem
Um amor de direito
Um amor dia noite e silêncio
Te aguardando em minha morada
Numa eterna e intensa madrugada
Ah esse teu amor marginalizado, inconsequente
Que te cerra os dentes
E que serra meu corpo em mil pedaços
Que mergulha a distância em todos os meus espaços
Amor desejo que ultrapassa e invade
Todas as galáxias e todas as distâncias dos astros
Um amor difícil
Um amor tão fácil
Um amor Deus e Diabo!
Corrompido de fato!
Um amor enluarado...
Espero viver o inferno desse amor no paraíso
E te entregar meu corpo
Rasgando mortes e mistérios
Sem relato!
Preciso desse teu amor incoerente
Inconsequente e sacro!
Amor de fato!
Vlad Paganini