Vlad Paganini

O TOM DO AMOR

O TOM DO AMOR

 

Não me cabe no momento chorar o passado

Um amor verdadeiro é mais do que intacto

Desse amor eu vivi

Foi encontrado e perdido, dramático

 

Um amor agora permanece aqui exato!

Um amor que veio de repente

Infantil e imaturo, incoerente

 

Mordeste intensamente minha maçã

Em meus lábios provei o mel da tua serpente

Meu corpo até hoje arde em febre de amor

Permanece doente

 

Um amor que jamais se desmanchará em partes

Um amor eterno, sacro santo

Um amor que nunca se farte, estável

Um amor em oração que me entrego em febre

Arde dramático, insaciável

Flamejando labaredas, fogo e sede

 

Um amor que me deixasse assim de todo um tudo!

Em tons e matizes

Um amor beija flor

Largo, inteiro, sem pedaços

Intenso e devasso

Magnético

Coração frenético em compasso

 

Ah um amor pra toda uma vida, enfático!

No momento exato!

Um amor que me leva a canções do espaço 

 

Um amor feito de coragem

Um amor de direito

Um amor dia noite e silêncio

Te aguardando em minha morada

Numa eterna e intensa madrugada

 

Ah esse teu amor marginalizado, inconsequente

Que te cerra os dentes

E que serra meu corpo em mil pedaços

Que mergulha a distância em todos os meus espaços

Amor desejo que ultrapassa e invade

Todas as galáxias e todas as distâncias dos astros

 

Um amor difícil

Um amor tão fácil

Um amor Deus e Diabo!

Corrompido de fato!

Um amor enluarado...

 

Espero viver o inferno desse amor no paraíso

E te entregar meu corpo

Rasgando mortes e mistérios

Sem relato!

 

Preciso desse teu amor incoerente

Inconsequente e sacro!

Amor de fato!

Vlad Paganini