//meuladopoetico.com/

Gisele Cunha

Deveres e Direitos do Ser Humano.

Quando se reporta a esses pontos de fundamentos
Logo vem na memória a palavra garantia e respeito 
Ainda que não viva uma verdadeira democracia 
Mas quem carrega consigo  ensinamentos e princípios em seu pensamento 
Sempre traram como herança a educação atrelada a esses fatores imprescindíveis 
Negado os direitos básicos à saúde, educação, habitação, cultura... 
Se renega o direito a vida com a qualidade que o outro necessita
Para poder viver com dignidade, cumprindo seus deveres como cidadãos ativos capazes de transformar não somente sua realidade, mas a sociedade que convivem.
Observa a linha da contra mão, a exemplo das crianças e adolescentes... da periféria que sofrem com a ausência de tudo para sobreviverem. 
Mas essas ideias ficam vulneráveis a merce de um atrativo doado pelo perigo que te leva para o abismo de si
E essa falta de consciência que brota de várias mentes
Faz muita gente sofrer morrendo ainda vivo
Sem conseguir desfrutar das conquistas que seu povo com muita luta conseguiram desbravar...
A arte precisa folrescer na juventude negra
Quem se preocupa com a cultura
dos guetos, nós becos, dentro dos subúrbios, nas periférias?
As ações através da arte parte da própria comunidade
Que faz do seu jeito, mas falta recurso para levar o projeto adiante
Cadê o incentivo da esfera do poder?
Se trabalhassem com a prevenção
Teriamos músicos, poetas, estrumentistas, artistas plásticos, bailarinos(as)... Negros
Espalhando educação, a galera ali se vira em busca do ganha pão
E na correria do dia dia, temos vários deles no buzu, nós pontos dos ônibus mostrando seu talento
Eles são vistos pelo povo, que além de comprar sua mercadoria, aplaudem sua poesia marginal
Que revela em sua fala, uma revolta por não terem as mesmas oportunidades da divisão de classes que eles criaram
Vocês só podem pisar até aqui
Do outro lado olhar de discriminação, apartheid
Vamos transformar o luto dos jovens negros 
Em luta por uma nova realidade 
Onde os mesmos brilhem no palco da vida, e ganhem visibilidade
E contribuam com a sociedade
Chega de vê dona Maria seu João... chorar sobre o corpo do filho 
Pedindo justiça e gritando de dor pelo sangue escorrido 
Precisamos da cor vermelha para se misturar ao quadro das belas artes
Pintando os muros expressando sentimentos
Quantos artistas perdidos a procura de uma brecha.

Autora:Gisele Cunha