Como miragem ressurgem velhos sonhos
Meticulosamente depositados, no imo uma lápide...
Um pensamento tardiamente incide
Nem tudo que se almeja, se vive
E assim, a culpa persiste
Poderia, haver outro final...
Desenhos de vontades, rascunhos
De uma vivência sem atitude
Arabescos a desfocaram, diferiu do real
O rio seguiu seu curso,
Sem ousar ser lago, afogou-se no mar
O passado volta à lápide, jaz enterrado,
Um dia, foi apenas rascunhado...
Ainda pairam fragmentos, um devanear...
Ema Machado
11/12/2021