Versar é preciso, muito embora moído
A poesia dilacerada, sem imaginação
Por o sentimento de novo em criação
Surgir dos destroços, deixar o alarido
Refazer cada estrofe, ter o novo rumo
Ter na história aquele empenho valido
Aquela sensação marcada, um sentido
Ter na prosa ritmo e na ventura prumo
Quero a cadencia no verso, a boa sorte
A harmonia e a poética com um aporte
E quem sabe a felicidade, então, trovar
Renascendo das cinzas o verso esvaído
Chorado, sofrido, num agrado incontido
Tal “la Fenice” novamente poder causar
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
12/11/2021, 18\'58\" – Araguari, MG
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