Um mundo diferente
Populoso tem história
Vai passando o tempo
Nele quanta gente
Pobre e rico
Novo e velho
Saudável e doente
Assim vão indo
Reclamando e sem trabalho
Bem sucedido e sorridente
Povo culto e estudioso
Povo simples e ignorante
Povo Alegre
Povo triste
Povo ameno
Povo zangado
Quanta gente, quanta gente
O ladrão faz o roubo
A vítima perde o bem
O corrupto arma o plano
A sociedade paga imposto
Povo crente
Povo ansioso
Povo meigo
Povo Bravo
Povo carente
Então que mundo é este?
Sem segurança
Sem respeito
Sem justiça
Sem harmonia
Quanta gente inconveniente
Quanta gente!
Quanta fome
Quanta tristeza
Quanta revolta
Quanta pressa
Onde vai toda essa gente?
Só trabalham
Só comem
Só bebem
Só dormem
Só copulam
Quanta gente displicente
Triste é o drama dessa gente
Falta o dinheiro
Passam os dias
A carne é cara
O sangue ferve
O nervo aflora
Sente a culpa
Finge e engana
Pede desculpa
Que mundo diferente é este?
Um povo que lamenta
Um povo resistente
Um povo que aguenta
Um povo que se arrebenta
Mas o que fizeram com essa gente?
Deram-lhes um mundo iracundo
Vivem a duras penas
Melhor nem ver ou gritar bem alto
Compaixão dessa gente
Do Alto há de vir o remédio
Acode esse povo Pai
Estingua os donos do mundo
Ainda há tempo
Amor e rigor urgentemente.