Maria Vanda Medeiros de Araujo

À ESPERA

Sendo a noite o refúgio

Da minha\'lma

O clarão que no escuro

Vem a ermo

Sob o sol que realça 

Os tristes sonhos

E o cheiro que alimenta

Os meus desejos

Sinto a calma do sono 

Que não chega

Sua ausência perturba e desespera

Queira eu que passasse essa quimera

E nos braços profundos

Do silêncio

Encontrasse a luz que vem do vento

Mesmo pálida no meu pensamento

Mas que seja o final da minha espera.