Jucklin Celestino Filho

CHORO

 

O cata-vento cortou o vento.

E o vento parou pra chorar,

Nevando em lágrimas

De mágoas e tormentos.

 

Nos céus, cortadas de aflição

E amargura choram as nuvens,

Lágrimas caindo aos pés da terra,

Que chora banhada em prantos.

 

Na abóbada celeste, retraído,

Macambúzio e tristonho ,

Todo astral carpe

Seu dolente pranto.

 

A natureza ainda chora.

Choram os segundos,

Minutos e horas e dias

Na aurora de um novo tempo!