A pampa pariu a prenda
E na fazenda foi criada
Beleza por encomenda
Dessa prenda apaixonada
Que no campo fez agenda
Sua vida ali foi trançada
Colar feito de miçangas
Cor de pitanga madura
Vestido de meia manga
Um coração de ternura
Cresceu junto da sanga
De canga pela cintura
A prenda por muitos anos
Cortou o minuano no talo
Gineteando pela fazenda
Laço de renda no embalo
Rédea solta pelos ombros
No lombo do seu cavalo
A prenda de rosto liso
De sorriso de quimera
Pelo campo de estribo
Uma flor da primavera
Sua vida é como o livro
Texto da bela e da fera
Tudo mudou de verdade
Num tropel de contenda
Qual foi a subjetividade
No íntimo dessa prenda
Que ainda pulsa saudade
Dessa madre na fazenda