E as lembranças nas ruas tumulárias,
Onde bradam os ventos noturnais,
Foram partindo hirtas e solitárias,
Envoltas pelas névoas soturnais.
Por essas ruas quase centenárias,
De alvuras e olhares angelicais,
Findar-se-ão as dores ao som das árias
Nos místicos silêncios sepulcrais.
E tu que me olhavas a caminhares,
Levas contigo o alvor das madrugadas
Exalando o teu aroma pelos ares.
Andas perdida aqui nessas umbrosas,
Relembrando-me as mágoas já passadas
Ao acorde d\'uma lira lacrimosa.
Thiago Rodrigues