Sou água no chão e voo nuvem
Da certeza do chão um sonho
Quando sublimo, desprendido
Quando eu subindo, ascendido
Da certeza do chão um sonho
Dos meus poros, quando evaporo
Deslizo-me leve, sou água adejante
Realizo límpido a viagem da fantasia
Dos meus poros, quando evaporo
Desbravo céus, flutuo em ventos
Torno-me névoa da mais pura magia
Carga magnética, estalo trovejante
Desbravo céus, flutuo em ventos
Das várias formas, a criatividade
Desenhos vários, devaneios infantis
Enfeite dos céus desenhados com giz
Das várias formas, a criatividade
Meu horizonte é muito mais além
Desses céus passeio e colho alturas
Das tantas alturas, minhas venturas
Meu horizonte é muito mais além
Minha nebulosidade é incompreendida
Agito, conflito, brado em trovões
Estrondo, tormenta, raios, clarões
Minha nebulosidade é incompreendida
Do sonho à certeza da volta ao chão
Um ciclo de amor em águas caídas
Desço em queda, em precipitação
Do sonho à certeza da volta ao chão
Meu firmamento é o sonho desse céu
Um ciclo hidrológico, diz a fria razão
Um amor em ciclo, afluência das vidas
Meu firmamento é o sonho desse céu
Sou água no chão e voo nuvem