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Hébron

Admiro as nuvens

 

Admiro a leveza das nuvens 
Que vão sem qualquer pressa 
Para o horizonte escolhido pelo vento

 

Admiro a poética das nuvens
Que instigam formas de imaginação
E fazem o sonho voar em viagem na vigília

 

Admiro a liberdade das nuvens
Que não se acorrentam em conveniências
E seguem livres ornamentando céus

 

Admiro a generosidade das nuvens
Que abrandam os raios cálidos do sol
Promovendo um descanso de frescor

 

Admiro a casualidade das nuvens
Que não contam horas, ignoram dias
E surpreendem em tormenta e precipitação

 

Admiro a força das nuvens
Que cospem pedras, raios, que gritam trovões
Clareando o céu, tremendo a terra e o coração

 

Admiro o desprendimento das nuvens 
Que caridosas se desgarram de si
E lançam-se em queda para molhar o chão

 

Admiro a leveza das nuvens 
Que vão sem qualquer pressa 
Para o horizonte escolhido pelo vento