Admiro a leveza das nuvens
Que vão sem qualquer pressa
Para o horizonte escolhido pelo vento
Admiro a poética das nuvens
Que instigam formas de imaginação
E fazem o sonho voar em viagem na vigília
Admiro a liberdade das nuvens
Que não se acorrentam em conveniências
E seguem livres ornamentando céus
Admiro a generosidade das nuvens
Que abrandam os raios cálidos do sol
Promovendo um descanso de frescor
Admiro a casualidade das nuvens
Que não contam horas, ignoram dias
E surpreendem em tormenta e precipitação
Admiro a força das nuvens
Que cospem pedras, raios, que gritam trovões
Clareando o céu, tremendo a terra e o coração
Admiro o desprendimento das nuvens
Que caridosas se desgarram de si
E lançam-se em queda para molhar o chão
Admiro a leveza das nuvens
Que vão sem qualquer pressa
Para o horizonte escolhido pelo vento