Já desponta...
Vagueando, como folha de outono
Entregue ao vento tristonho
Perdida em infindas vielas
A evadir de lamentos e sonhos
Não me entrego a certas cenas…
Pairam eflúvios, um ar diferente
Sem grandes prognoses e anelos
O medo, é negra serpente
Rasteja lúbrico no imo, premente…
Tantos lamentos, anseios por antídotos
Contra seu veneno mortal
Mas, a morte faminta fez banquetes
Arrefeceu a fé, trememos ante o mal...
Lembremo-nos! Numa estrebaria
A esperança, fez-se criança
Se renova, em todo Natal
Já desponta a estrela guia
Mostra-nos o menino Deus
Único antídoto para todo mal…
Ema Machado
29/11/2021