Somos a vida, a morte, a esperança e o desespero
somos julgadores, implacáveis, outrora somos pacíficos, cheios de compreensão
Somos um paradoxo, vivendo em um mundo ao contrário
Sem saber o lado correto a ficar
Clamamos por um pouco de sombra e alguns litros de água fresca
Mas sempre voltamos ao sol escaldante, porque o conforto parece suspeito
Ao fim, percebemos que fizemos tudo errado
E que, por valorizarmos excessivamente o sofrimento, a calmaria se ausentou de nós
Pois somos e transmitimos a essência dos nossos desejos
E, se queremos sofrer
Então sofremos.