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Guloso

Estiagem

O céu nega-se a chorar,

O sol lindo, abrasador e impiedoso,

Faz rachar o chão

E queima as folhas,

O mato todo seca,

O verde apaga-se

E a paisagem cobre-se com um véu marrom,

Vem o amarelo avermelhado

Quando e enquanto é consumido pelo fogo,

Depois é a cinza desolação,

Até o coração arde;

O fogo e o tempo sempre devastam

E o amor sofre mais e mais,

Depurado pela paixão, pelo tempo,

Pela impiedade do sol

E pelo fogo

Apagado pelas lágrimas

Amigas da solidão

E da alma desertificada.,

Na terra que vira pó

E no amor queimado pelo fogo

Que queima por dentro.