Meu problema é que não consigo esquecê-lo
Meu problema é ele
E tudo começou
Em pleno século XX
Estávamos todos neste mundo
Neste resinto
Num recanto do sinto
Sinto
Sinto lhe dizer
Ele me disse
Ele me viu
Do outro lado do baile
Beijando outro rapaz
E ele se foi
Para nunca mais voltar
E isso se fez sete anos
Nunca mais o vi
Apenas vultos
Lembranças
De que ele existiu
E que se foi...
Para onde? Não sei.
Se foi
Yah
Estou num recanto
Tendo delírios
Agudos delírios
Que estávamos naquele baile
E, não, não era eu beijando aquele rapaz
Ele deveria saber
Que meu amor é incondicional
Ele nunca foi
Eu deveria saber
Que ele nunca foi para mim
Nunca mais amei
Ele precisa saber
Não
Não
Não era eu
Ele delirou
Eu sei que delirou
E ele veio até mim
Um anjo da morte
Por fim
Enfim
Ele veio até mim
Nosso amor se iniciou em pleno século XX
Por quê, tenho delírios....
Tudo é delírio
Nem esse escrito faz sentido
Escrevo para ele
Dentro deste resinto
Cheio de sintos
Sinto e sinto
Sua falta sinto
Sua presença
Sua presença me assombrando
Como ele vai ler?
Quando ele vai me ler?
Se nem ao menos posso vê-lo.
Presa no indo e vindo
Só indo...
Cheia de delírios
Me afogando
Me debatendo
Ele é apenas um delírio
Um vulto
Um vulto desvanecido
Talvez, desta vez eu vá
Neste último delírio
Oh
Doce
Tão doce
Delírio
Sem linea
Só linear
Andando na linha da loucura
Estou
Perdida
Me perdi tentando encontrá-lo
Só encontrei dor e ressentimentos
Meu problema é que não encontrei ele.
Meu nome é desespero
E ele me deixou no desespero
Mesmo o amando
Muito
Tão
Tão profundamente
Que me levou ao delírio
Este foi o problema, o amei profundamente
Tão profundamente
Que lá fiquei
E agora é problema meu.