Hoje compreendo as lágrimas incessantes
Faltam amores.
De ambos os lados há desconforto
Sobram as dores.
E sempre amanhece e anoitece
Revelando uma explosão mental
As lágrimas interiores.
Faltam sonhos
Na frieza descomunal desumana
Da ausente vida
Vida recatada vivida aos pedaços
Não parece humana, talvez vegetal.
Falta coragem.
Na escalada pela sobrevivencia cara
Caridade em nossa presença
É uma lacuna permanente
Amor ausente, nenhuma historia
Com rima feliz
Desumana vida de quem não lança esperança,
Ciclo de vida vegetal
Ronda a morte, para quem não se situa na vida.
Vai em paz toda a alegria
Impertinente fica a agonia
Sofremos do mal maior
Na escalada sem fim
Nossa mesa não é farta
As portas não se abrem ainda em nossos caminhos
Mas talvez exista ainda piedade em nossos destinos
Esse menino meu filho, vosso filho?
Um descaso interessante
E o futuro?