Vlad Paganini

FÔLEGO

FÔLEGO

Quando tu me encontraste

Eu estava escondido sobre a poeira

Como um cascalho, abandonado e esquecido

Empoeirado

Feito terra sobre terra

Jaz

Sem ar

Um coração sem pulsar

 

Tu chegaste feito um furacão

Assoprou em mim cada ano da minha estação

Aflorou todos os meus botões

Boca de leão

Desenterrou minha ventania brisa quente

Flor de coração, dentes de leão

 

Me tiraste o fôlego

Respirou e exalou em minha boca

Todo o ar que em ti guardava

Acendendo novamente minha chama

Eletrocardiograma

 

Vento e Ventania

Farol dos mares

Me tirou do fundo dos meus ares  

Arregaçou meu viver

Me encantou com teu olhar rasteiro

Teu amor submisso

E fugiu com o teu falso sorriso

No teu falso paraíso

 

Revirou minhas montanhas

Invadiu meus mares e segredos

Clareou minhas noites

Invadiu em meus desejos

Me fez renascer em tuas mãos

No teu corpo no teu pelo e em todos os teus vãos

 

Vou é morrer de dor

Se não viver esse amor

Hoje não sei descrever sem você no meu viver

Todo o sentimento e renascimento que tua alma

Mergulhou brotou e aflorou no meu calor

Vlad Paganini

 

“Hoje te enalteço em meus versos

Te tiro o fôlego 

Te vejo naufragando na minha água

E fecundando meu corpo com toda tua brasa”