ABRIGO
Há dias em que fujo
E que me invado
Abrigo-me de ti
E quero mudar tudo
Me faço mudo
Tropeço
Engulo seco, oro e peço
Pra esquecer-me de ti
De mim não sei
Há momentos que me rasgo
No compasso das horas
Me espedaço
Há dias que me pego
Num desejo infarto
E me desfaço
Em outros renasço
Há dias que queimo em brasa
Noites de fogo
De dias tão frios e rasgados
Seco minhas lágrimas
E novamente desaguo
Por habitar em dias tão vazios
De tão rasos e vagos
E me entrego lago ...
Vlad Paganini
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