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Maria dorta

Reflexões anti poéticasAs

Às vezes o poeta parece um ser

vindo de outro planeta,aqui caiu.

De amor fala, até parece sofrer

lágrimas caem_ lhe dos olhos,tão verossimeis!

Ao falar de amores impossíveis

toca na tecla do amor interdito.

Decretou_ se que amor interdito

é aquele que não for correspondido.

E o poeta nem se deu conta! Não leu!

Podemos de nossa sombra nos livrar?

Pois o amor é como nossa sombra.

Dela ninguém quer,nem vai  abdicar.

Falar de amor num país de sombras

parece até despropósito e nos assombra .

Arrenquemos as vendas dos olhos.

Mas,continuemos com nossas máscaras!

Não entremos no jogo de faz_ de_ conta!

Descortinemos o real para os iludidos.

Vivemos num país desmantelado,a\' deriva.

Povo morrendo de fome,comendo lixo,

calado,nunca tiveram vez nem voz 

\"Autoridades\" fazendo desmonte da Arte,da Cultura e da Educação.

E nós,calados! Quem cala consente?

Desacreditam a Ciência,se auto_condecoram.Expurgam os que têm sapiência e luz própria mas,não são do \" grupinho\".

E não há verba para os pobres! 

O dinheiro dos nossos impostos? Vai para a quadrilha do Centrão e para os 

amigos do mito 

Respeito a\' Constituição?

É piada! Toda hora ela é vilipendiada,\" emendada\".

Falar de Amor ,de Poesia em um país tão vergonhoso,parece algo enganoso.

Faço um mea_ culpa honroso.

Sinto_ me culpada pela inação.

Estou usando esta plataforma poética para aliviar_me a culpa. 

Quem cala consente?

Maria Dorta. 25_11-2021