Asas podadas...
Sentiu-se murchar
Bastou um ínfimo instante
Sem sutilezas, esvaiu-se toda certeza
Suas paredes ruíram
Viu-se sem teto, sentia-se no chão
Deslisou, como seda que escapa das mãos
Sentiu frio, a dor dilacerou o coração
Era anjo, tinha asas
Foram podadas...
O chão, era agora morada
Palavras foram engolidas
As pálpebras molhadas
Fecha a memória,
Não queria para si, aquele universo
Nunca, não é termo de glória
Para quem é aprendiz
A mestra, alguém infeliz…
Ema Machado
25/11/21
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