Ediel, a luz de Satierf
(Fada poesia - dueto com Leide Freitas)
Quando Ediel surgiu
Um largo sorriso abriu
Fiquei surpreso
Fadas são tímidas e lindas
Suas vestes são graciosas. E aquelas asinhas, Tudo em Ediel é encanto
e magia. Além da varinha de condão é douta em poesia
Vive na floresta
perto do rio, e dos pássaros
Se alimenta de flores
Ediel é assim
Ama sentir os pés
No chão frio
Aprecia café quentinho
Fica olhando as labaredas
No fogão de lenha
Sua voz é macia
Seus cabelos longos e sedosos
Exala um cheiro de terra
e vegetação úmida
Da sua boca saem palavras
Perfumadas e borboletas
De cores não batizadas ainda
Não gosta de acordar cedo
Contempla o nascer do sol
Em seguida retorna para
o aconchego de seu arbusto
Ediel, fada poesia
Zelosa, protetora da natureza
Dos bardos, e de todas as
coisas que viram versos
( Shimuel)
Ediel sai da morada,
Tudo fica em polvorosa,
Todo ser lhe cumprimenta,
Quer bem a fada mimosa
Que brilha exposta ao sol
Como gotas de orvalho
Que rega cravos e rosas,
Encantos do amanhecer,
Ediel virgem e formosa.
Quando ela se levanta,
Se encanta a floresta,
A grama deita a seus pés,
Os pássaros lhe fazem festa.
Bela e gentil Ediel
Se alimenta com frutas,
Sua sobremesa é mel
Que colhe no arvoredo
E divide com as panteras.
Porque não conhece medo
Brinca com as crias das feras.
Rola com tigres na grama,
Pega corrida com lhamas,
E dança com borboletas.
Ediel linda e travessa,
Faz da vida o que bem quer
Nada com as cobras no rio,
Ou monta no jacaré.
Faz trancinhas nas sereias
E lhes penteia os cabelos.
Escreve cartas na areia
E manda o vento entregar
Para sátiros de outras terras
Vir para estas dançar.
(Leide Freitas)