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Isabela Fenix

Me ame

Me chame de sua
Me chame do que quiser
Mas, me chame

Me ame

E eu estou
Sozinha
Com meus sentimentos confusos

Tentando fazer as coisas fazerem sentido

E eu estou

Dizendo não toque em mim

Mas, há contradição

No jeito que as palavras saem pela minha boca
Arrastadas e com pausas

É que eu estou respirando fundo
E bem no fundo
Engolindo o choro

Estou tão cansada

De chorar
Todos os dias
E todo dia


Insisto, em olhar desta janela
Abro a janela
E no final da rua te vejo

Quem será ela?

Ele não ver como me machuca...

Me chame
Me ame

Me ame, mesmo que seja mentira

É patético, se resumir em ser pombo
Vivendo de migalhas


\'E os espaçamentos
É as pausas
É sobre as pausas

Paro
Paro para chorar a cada pausa

Em cada espaçamento

Meus escritos são códigos

É totalmente desconexos\' 


Fecho a janela
Mas, a janela para meu coração, tu ainda tem a chave

E sua ida
Deixou a porta arrombada

É tipo
Uma ferida não cicatrizada


Meus olhos são profundos
Se, se ele ao menos me olhasse
Veria que meu rosto reflete desespero

Olhar vazio
Pupila dilatada
Olhos vidrados

No

Estou nesta linha

Andando de novo
Na borda do precipício

E eu só sei ser precipitada

Me apaixonei de novo pelo cara errado


E eu estou

Olhando através desse vidro embasado
No
É minhas lágrimas


E em minha pele clara
As lágrimas se camuflam com as sardas

Pingo
Deslizar após deslizar
Pingos

Me chame
Me chame de sua
Do que quiser
Só me chame
Me chame

Me ame

E ele nunca entende

Ele nunca me entende

O que será que preciso fazer? 


E e... Eu estou lá

Com o coração na manga
Meus sentimentos tão claros

Por quê

Porquê, ele nunca me nota? 

Oh me ame
E diga que tudo ficará bem
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