Muito se pede,
mas, pouco se faz,
os olhos nos olhos dói,
e como dói demais.
Se os passos são dados,
a marca fica no chão, registrada,
mas, se lhe falta iniciativa,
aí, não tem caminhada.
Os propósitos da vida,
devem ter sua vontade expressa,
não no agradar aos outros,
mas, no ajustar que não te impeça.
E só assim a verdade se constrói,
sem incógnita e iniquidade,
pois a omissão e a contra-ética,
é um peso p’ra honestidade.
Os volumes da carga que carregamos,
não são tão pesados como parece,
é tudo questão de saber conduzir,
se decidimos pela sensatez,
sem a sutileza da falsidade que cresce,
saberemos muito bem como servir.
E no topo do bom serviço,
sem a alcunha do arremedo,
teremos sucesso e paz,
independente do apontar o dedo.
Como no apogeu do decidir,
firmando um olhar seguro,
sem medo do erro,
não há peso que se importe,
com a chancela da intolerância,
que se esvai no desaterro.
De tudo a bonança alcança,
e a vontade se faz sem penúria,
pode-se até abster da vaidade,
mas, nunca escapará da injúria.
E o orgulho será uma travessia,
a ser extinta, com peculiar precisão,
por um ato singular e único,
com racional e sóbria decisão.
Decidir não é renunciar,
abdicar dos sonhos,
nem se desfazer do que aprendeu,
é uma atitude nobre, particular,
que exige coragem e temperança,
um ato, exclusivamente, seu.