Maximiliano Skol

É BEM TARDINHA

É bem tardinha, o azul baço e tristonho 

Diz-me que o pôr do sol, hoje, abortou 

A vespertina glória à qual me ponho

A ouvir do coração o que lhe restou

 

De tantos sentimentos em que um sonho

Entreteve no palco o ator que ousou

Interpretar em mim um ser risonho...

E assim o coração mudo ficou...

 

E o pôr do  sol tão triste, na tardinha,

Reverbera em minh’ alma, coitadinha,

Sentimentos de frustra expectação,

 

Por hoje, só lhe resta a confiança 

De que outro amanhã e o sol trarão 

Um poente falante de esperança.