Maria FulÔ

Olá, saudade!

E em meio ao silêncio, eu pude ouvir o grito dentro da minha alma, pela saudade precoce, sem berço, sem norte por amor eu sofri.
Não aquele amor que machuca, mas aquele amor que aquece.
Não pela aquela pessoa amada, que você escolhe e do nada esquece, mas aquele mais puro, que não dá nem estresse.
Amor que vinha do sorriso, do abraço, da conversa.
Do canto entoado, que por meio de um abraço, amarrava feito laço, o peito angustiado.

Cada segundo um desembaraço, fazendo-me pagar com o tempo, o valor daquele abraço.
Ansiava por mais tempo, por um segundo, um só momento, como quem brigava com tempo, em busca de novos momentos.
Cantar já não era bastante, me perdi em cada instante, sem sua voz pra acompanhar.
Te perdi nesse compasso, vivo no modo escasso, sem mais lembranças eu passo.

Contigo não crio mais memórias, vivo de doces histórias, que por tão pouco vivemos.
Não reclamo nem choro, porque sei que onde moro, tu estais a todo tempo, pois vivo no braço da saudade, onde teu rosto virou um monumento. 
Te visito toda hora, nos vestígios de nossas memórias 
Pois te deixo ir consciente, de que saudade se sente, pelo simples fato, de se amar imensamente.