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LEIDE FREITAS

PLANETA AZUL

 

 

É verdade e todo o mundo  sabe

Que treme a terra em desafio 

Ao total desequilíbrio 

Que o homem causa em seu seio. 

Depois vem o som da terra, 

Cujo tremor desafia a morte 

E mata aqueles cuja sorte 

Têm de morar em zona de perigo, 

Nos montes, 

Nos vales e ribanceiras. 

O homem quer explorar a terra 

E em sua fúria cega está começando a fatigá-la, 

Na tentativa de domá-la. 

Mudando as forças bravias da natureza. 

O homem tenta modificar a face da terra, 

Mudar a face das serras,

Açudes e pântanos aterram. 

Para aumentar os desafios, 

Desviam os cursos dos rios, 

Aumentam as águas do mar, 

Mas no fim o que o homem consegue 

É a revolta da terra. 

E sua resposta é certa

Não entende quem não quer. 

Terremotos, 

Maremotos, 

Vulcões em erupção. 

Queimadas intensas 

Com imensas florestas destruídas 

Ficando a terra sem vida. 

A terra está sufocada, 

Mal amada, 

Não aguenta mais tanta ingratidão, 

Tantas misérias em seu chão, 

Tantas injustiças cometidas 

Em nome do poder e da honra. 

Na verdade é uma desonra, 

O que os homens fazem na terra. 

Ninguém pensa em seu equilíbrio, 

Ninguém pensa em sua pureza, 

Ninguém pensa em sua riqueza 

E se pensa é com a intenção de explorá-la, 

De maltratá-la, 

De enriquecer as suas custas, 

E deixá-la exposta e nua 

Às tempestades, 

Às queimadas, 

Às enxurradas, 

Aos terremotos, 

Aos maremotos, 

A poluição. 

A terra está sendo sufocada, 

Envenenada 

Com gases e outros produtos, 

Envenenam o ar, 

Envenenam o solo e o mar, 

O que restou para envenenar? 

Nada. 

Agora só resta aos homens fazer o contrário 

Do contrário, 

Respeitar, 

Conservar e purificar a terra, 

Do contrário ela sucumbirá 

E era uma vez um “Planeta Azul”.