Não sei, onde me encontro
Sei apenas, o que diz meu pensamento
Colho dias, bebo da vida
Sou passageira, dela (pouco) entendo...
Há um trânsito de histórias vagas
Passeiam pela memória falha
Outdoors de horas vividas
Sombras, verdades ocultas
Invenções e sonhos não confessos
Vivem à minha procura…
Não sei onde estarei amanhã
Sei que não quero ficar aqui
Preciso sair, a vida respirar
Em um ar que não sufoque
Viver antes, que a mim
Tome a morte…
E o mundo... beira ao caos...
O sorriso é de frivolidade
O olhar, tornou- se banal
A consciência, inútil vazia
A inutilidade, é dama letal…
Onde mora, o carisma?
O amor fundamental
A vida agonizante
É ser itinerante
Há fome de afeto
Que importa, a foto bestial?
A criança ficou sem rumo
Sociedade é apenas consumo
O humano, desumano perde o prumo…
Diga-me… Ele aproxima
Qual, o verdadeiro sentido do natal…
Ema Machado.
21/11/21