Eu Chorei as Lágrimas da Chuva
Naquele inverno...
Eu chorei as lágrimas da chuva
Encharquei o meu jardim
Deixando a rosa submersa e sem substratos
Me vi afogado em prantos...
Matando a rosa dentro de mim!
Meu coração ainda pulsa,
Mas ainda me vejo na repulsa...
Só escuto o desejo da alma
Mas! Seus acúleos...
Eles ainda machucam a minha alma
Assim vou vivendo nesse trauma!
E na parede, um artefato…
Quando me deparo e vejo seu retrato
Na passagem da madrugada
Vem essa utopia e me devasta
Desejos ininterruptos de amar!
No mais profundo amor.
Estripei a alma enfurecida
Como um leão devorador
Desejos eloquentes de amor!
Da janela sobrevoos devaneios
Olhando para o céu
Vi nuvens se formando no céu
Quem me dera! A nostalgia da paixão
Amar a rosa, sem maltratar o coração!
Eu enxuguei as lágrimas da chuva...
Queria resgatar a rosa dentro de mim
Era quase impossível e incerto
Era como encontrar água no deserto!
Mas havia anjos,
Anjos de asas grandes, douradas
Sobrevoaram meu deserto dentro de mim
Respinga gotas pela madrugada
Orvalhos da brisa alimenta o solo da alma
Ressuscitando a rosa dentro de mim!
_ Ernane Bernardo