Quero lhe falar de um grande amor,
fragmentado nas ilusões perdidas desse tempo!
Tempo de incertezas e escuridão persistente,
coroando esse transbordamento de silêncios.
Corpo desnudo nesse mundo mecânico,
nessas emoções sem matizes, amorfo.
Atmosfera intensa nesse fogo de desejos.
Quero lhe contar das trincheiras, nessa guerra,
das batalhas contra tanta hipocrisia.
Construção? Não, nada nesse silêncio pleno!
Só nostalgia profunda entre sombras!
Aquarela desbotada nesse ocaso.
Ah, esse amor perdido, sacrificado!
Essas lágrimas derramando, inflexíveis!
Sonhos desfeitos nesse coração petrificado.
Quero lhes dizer da minha dor,
cheia de espanto nesse amanhecer!
Caminho sem volta, sem o aconchego,
sem o odor do corpo da mulher amada!