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Elfrans Silva

A MENINA DO BAMBOLÊ

A MENINA DO BAMBOLÊ 

Doce lembrança de meus tempos idos
Gira um brinquedo ainda. E eu sei porquê 
Ao som da canção do cantor preferido 
Movendo o quadril no veloz bambolê 

A sintonia do jogo, ritimado à dança 
Era som de delírio pela moça menina
O vento amostrando sua exuberância 
Pecadora se fez a minha santa retina 

O cativo requebro me prendia o olhar 
Tua malícia convinha a minha vontade 
Fosse eu bambolê no teu corpo a rodar
Pra teu corpo agitar com intensidade 

Desce em espiral para a ponta dos pés 
Sobe a cintura e estagna em seu ventre 
Eu contava e contava novamente até dez
Pra não lhe revelar oque tinha na mente 

Manobras no braço, pescoço e no busto
Lança nos ares e recolhe com as mãos 
Por ser só um lazer, me parecia ser justo
Aquele brinquedo me chamar a atenção 

Talvez nada fui além d\"um passatempo
E ela, quem sabe, o alvo do meu desejo
Estranho, porém, é que no pensamento
Com ela eu sonho, com ela eu me vejo 

Fantasias à parte, levo de recordação 
O seu olhar, seu sorriso, e sua simpatia
Parece também que inda ouço a canção 
Que para brincar a gente sempre ouvia 

Será que o Amor é maior que a Saudade?
E poderá alguém dessas coisas morrer?
Foi paixão e desejo toda aquela vontade 
Mas também eu amei, a mina do Bambolê