A MENINA DO BAMBOLÊ
Doce lembrança de meus tempos idos
Gira um brinquedo ainda. E eu sei porquê
Ao som da canção do cantor preferido
Movendo o quadril no veloz bambolê
A sintonia do jogo, ritimado à dança
Era som de delírio pela moça menina
O vento amostrando sua exuberância
Pecadora se fez a minha santa retina
O cativo requebro me prendia o olhar
Tua malícia convinha a minha vontade
Fosse eu bambolê no teu corpo a rodar
Pra teu corpo agitar com intensidade
Desce em espiral para a ponta dos pés
Sobe a cintura e estagna em seu ventre
Eu contava e contava novamente até dez
Pra não lhe revelar oque tinha na mente
Manobras no braço, pescoço e no busto
Lança nos ares e recolhe com as mãos
Por ser só um lazer, me parecia ser justo
Aquele brinquedo me chamar a atenção
Talvez nada fui além d\"um passatempo
E ela, quem sabe, o alvo do meu desejo
Estranho, porém, é que no pensamento
Com ela eu sonho, com ela eu me vejo
Fantasias à parte, levo de recordação
O seu olhar, seu sorriso, e sua simpatia
Parece também que inda ouço a canção
Que para brincar a gente sempre ouvia
Será que o Amor é maior que a Saudade?
E poderá alguém dessas coisas morrer?
Foi paixão e desejo toda aquela vontade
Mas também eu amei, a mina do Bambolê