Muita vez, busquei-te, amor, nas curvas do caminho.
Muita vez, errei sem nome na boca de ignorados.
Muita vez, cheirei ebúrneas rosas de aroma morto.
E nada havia ali, pois estavas comigo, ó amor...
Porque achar-te é luta e clamor. Mas comigo caminhaste
A todo tempo. E eu, tolo que sou, não vi a ti, que era sombra
E caos. Mas hoje posso amar-te como és, pois és um sonho,
Uma verdade, uma lamparina, uma claridade etérea
Que furtou do luar a luz escura. És tu Ariel. És tu meia-noite.
És um dia. És minha vida.