Hoje o mar amanheceu em calmaria
Desafiando as ondas a ficarem quietas,
Cuja mansa maré lambe a praia deserta,
Tão deserta como a alma minha.
Contemplo o mar depois em louca fúria
Com suas brancas espumas e turvas águas,
Tão turvas como as minhas mágoas,
Que em meu peito se estende e me anestesia.
Águas que beijam a areia da praia dolorida,
Tão infinita quanto à luz do meu olhar,
Tão infinita quanto a dor do mar
Que chora suas águas poluídas.