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Richard

No meio do meu vazio

 

Uma sala, sem som qualquer 
Silenciosa o bastante para ouvir o coração bobeando sangue 
Sem porta ou janela, não há como fugir 
Ficava me pergunto como fui parar ali 
Mas, eu sempre estive lá
Nunca cheguei a sair, apenas abri meus olhos 
Sozinho aqui, sozinho, eu e mais ninguém 
Sem felicidade ou tristeza, desprovido de tudo 
Minto, mentindo para si mesmo 
Uma corda amarrada a meu pescoço 
Sim, sempre estave aqui também 
Faz parte de mim
Tenho medo, indefeso, um filhote sozinho 
Certeza que não pularei, sentirei a asfixia em pouco á pouco 
Se odiando por aceitar isso, nem mesmo consigo descrever 
Faltam palavras para detalhar a morte imaginaria.